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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Alimentação no mundo antigo (Continuação)


A 2a parte da matéria relata a importância da agricultura no Egito antigo e Mesopotâmia.

Egito

Como todas as civilizações antigas, a egípcia era agrícola. O egípcio antigo era um camponês fortemente ligado a uma terra milagrosamente fertilizada pela
cheia anual. A própria vida do país dependia totalmente das “respirações” do grande rio, cujos transbordamentos, de julho a outubro, permitiam que a vegetação crescesse no meio do deserto.  Adoravam Osíris, deus da vegetação, do eterno nascimento, da agricultura e do poder real, simbolizava essa renovação vegetal. Interferir nas forças naturais, desviá-las em seu proveito, só podia ser obra de um deus.

A introdução da agricultura no Egito foi relativamente tardia, comparada às regiões vizinhas do Oriente Médio. As primeiras práticas agrícolas nessa parte do mundo ocorreram desde 9000 a.C., no norte da Síria, sobre o Eufrates, na zona de origem dos cereais selvagens: trigo da variedade farro e cevada. Eles se desenvolveram com a criação (bovinos, caprinos, ovinos e suínos) em vários vilarejos agrícolas que se constituíam ao longo do oitavo e sétimo milênio a.C. na região conhecida como Crescente e no sudeste da Anatólia. No outro lado do Nilo, o Saara oriental, mais úmido, grupos humanos se espalharam ao longo do nono, oitavo e sétimo milênios a.C às margens de lagos temporários. Eles possuíam cerâmicas e já tinham domesticado algumas espécies.
Apenas por volta de 3500 a.C. a agricultura se impôs como base da economia. Com isso, a responsabilidade do chefe não estava mais em seu valor como chefe de caça, mas em sua capacidade de interceder entre homens e as potências divinas, garantindo o sucesso das colheitas.
Mesopotâmia

Sobre a agricultura mesopotâmica, o historiador Heródoto escreveu que “as chuvas eram raras na Assíria, era preciso irrigar os campos com água do rio para fazer os cereais crescerem. Já na Babilônia, toda cortada por canais, é o país mais rico de todos que conhecemos”.
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Ao longo dos rios Eufrates e Tigre as planícies eram férteis, mas a baixa Mesopotâmia, pelo contrário, deve sua riqueza agrícola à irrigação. Arqueólogos descobriram sistemas de irrigação com a criação de canais de modificação do curso natural dos rios. Na Assíria, região mais montanhosa, as condições naturais favoreciam outros tipos de culturas, como a vinha. As ferramentas não se diferenciavam muito do quarto ao primeiro milênio a.C.: tudo era feito de pedra e madeira. Foi preciso esperar o primeiro milênio para ver a difusão do ferro e sua utilização na agricultura.
Os cereais eram, de longe, a cultura dominante (essencialmente trigo, cevada e espelta, ou trigo vermelho). Elemento de base da alimentação dos homens, eles também eram utilizados pelos animais. Eram fáceis de conservar e a armazenagem era feita em silos de pedra ou em jarros.
Espelta
Cultiva-se gergelim para extrair o óleo. Do fruto da tamareira, retiravam-se óleo, mel, etc. O linho era cultivado para fabricação de tecidos. Legumes como ervilhas, vagem, favas e abóbora eram plantados em hortas menores e pediam cuidados constantes. Também havia a cultura de cebola e alho. As pequenas extensões agrícolas eram objetos de uma economia familiar na qual os frutos da produção eram consumidos e os excedentes, vendidos. Durante o período das dinastias arcaicas (terceiro milênio a.C.), as terras e a produção eram vendidas entre o rei e o templo. Aos poucos, a partir do terceiro milênio a.C., o palácio real passou a gerir essa economia, por meio de uma política de arrendamento, pela qual o rei se ligava a pessoas importantes, que queriam receber terras.
A domesticação dos vegetais acompanhava a dos animais. Criavam-se principalmente búfalos e bois, utilizados para a tração de charretes. As ovelhas ocupavam um espaço especial na economia, assim como as cabras.

Demétrius A. Silva
Fonte de pesquisa e imagens:


Dicionário Bíblico
Bíblia de Estudo de Genebra
História Viva (Antiguidade de A a Z)

3 comentários:

João Q. Cavalheiro disse...

A Paz do Senhor irmão Demetrius!

Como sempre, suas postagens continuam a ser de grande interesse por fornecer conhecimentos relacionados à história dos povos antigos, muitos contemporâneos da História de Israel que nos é familiar na Bíblia. Parabéns!
Deus lhe dê uma ótima semana junto aos seus familiares.

Abraços do amigo...

João Q. Cavalheiro
www.aramasi.blogspot.com

Patricia Galis disse...

Excelente trabalho, estou gostando de ler, e claro aprendendo um pouco mais sobra esta época.


Estou passando aqui para lhe desejar um bom fim de ano, e um 2012 cheio de paz, amor, saúde e felicidade, que possamos estar juntos novamente o ano que vem!

Unknown disse...

Meu querido e estimado irmão, Que o nosso Deus possa continuar te iluminando dentro do seus desígnios. Gostei muito do seu blog. Se possivel faz uma visita no meu e deixa teu comentario, pois ele é muito importante para mim, Paz do Eterno!