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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Reparadoras Ambientais


Seychelles. Localizada no oceano Índico africano

Os europeus devastaram aos poucos as ilhas Maurício ao longo de seu avanço, principalmente pela conhecida eliminação do pássaro Dodô por volta de 1700. Menos conhecido, no entanto, foi o impacto na atual ilha das Garças, onde exterminaram lagartos, tartarugas gigantes e retalharam árvores nativas de ébano para queimar.
Em 1965, 25 hectares praticamente
Passáro Dodô (Raphus cucullatus)
desmatados da ilha foram declarados reserva natural. Mas mesmo sem a derrubada de árvores as florestas de ébano, que crescem lentamente, não puderam ser recuperadas. Por quê? Porque elas perderam os animais que comem seus frutos e dispersam suas sementes. Por isso, em 200 os cientistas realocaram quatro tartarugas-gigantes do atol vizinho de Aldabra, nas ilhas Seychelles, e por volta de 2009 um total de 19 dessas tartarugas vagava pela ilha, comendo os grandes frutos e deixando para trás mais de 500 mudas. O grupo de cientistas relatou seus resultados no Periódico Current Biology de abril passado.

Dipsochelys dussumieri
Pelo menos para essa minúscula ilha o reflorestamento parece ter funcionado. E mantém viva a esperança de que outros projetos de recuperação ecológica possam vingar em meio à sexta extinção em massa da história da Terra. Na Europa, conservacionistas receberam 3,1 milhões de Euros para iniciar a reintrodução de bisões, bovinos e cavalos em terras agricultáveis “abandonadas” em regiões como o oeste da Espanha ou os montes Cárpatos, na Europa Oriental. Os ecólogos propuseram reocupar partes dos Estados Unidos com elefantes, que poderiam substituir os extintos mastodontes. Os holandeses já construíram o que se poderia chamar de parque Pleistocênico em Oostvaardersplassen, introduzindo cavalos Konik e gado Heck para substituir cavalos e gados selvagens extintos.
Bufo marinus
Os humanos já bateram recordes em meter os pés pelas mãos quando se trata de interferir nos sistemas ecológicos naturais – a introdução do sapo-da-cana ou sapo-cururu (Bufo marinus) na Austrália para acabar com outras pestes resultou numa onda avassaladora de sapos que devastaram o continente. “Não há certezas quando se tenta manipular a Natureza”, observa o ecólogo Mark Davis, da Macalester College, em Minneapolis. Outros defendem que os seres humanos deveriam corrigir os erros praticados. “Não existe lugar neste planeta em que os humanos não tenham interferido, e é hora de nos envolvermos ativamente nas soluções técnicas”, argumenta o biólogo marinho Hoegh-Guldberg, da Queensland University, na Austrália. “Nesse ponto, não há outras opções senão a extinção” – David Biello.

Demétrius A. Silva

Fonte de pesquisa e imagem:
Scientific American Brasil

Um comentário:

Lúcy Jorge disse...

Paz irmão!

Passeando pela net, conheci seu maravilhoso espaço.
Um blog diferenciado dos demais, porém cheio da presença de Deus.
A foto do casal é muito simpática, revelando-nos que entre você. Está Jesus: o Perfeito Amor.
Deixo o convite para visitar-me.
http://frutodoespirito9.blogspot.com/

e também:
http://discipulodecristo7.blogspot.com/

Ósculo Santo!

***Lucy Araújo***