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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O sangue da medicina moderna.


Ele é azul mesmo, vem de um animal mais antigo que os dinossauros e salva incontáveis vidas humanas.

O caranguejos-ferradura (Limulus polyphemusse mostrando indispensável para empresas biomédicas que testam vacinas em bactérias potencialmente fatais. Estudos indicam que o caranguejo-ferradura é capaz de suportar

até um ano sem se alimentar, resistir temperaturas e salinidades extremas, além de sobreviverem a um holocausto nuclear.

Graças a proteínas que agem como sistemas imunológicos primitivos, o sangue dos caranguejos coagula de imediato ao entrar em contato com patógenos como a E. coli (Escherichia coli) e Salmonella.
Escherichia coli
O teste baseado nessas proteínas é de tal modo preciso que é possível detectar quantidades ínfimas, da ordem de até um aparte por trilhão. “Isso é o mesmo que achar um grão de açúcar em uma piscina olímpica”, diz John Dubczak, de uma das empresas fabricantes de kits de teste. Agora, cientistas estão em busca de uma abordagem alternativa, a partir de moléculas sintéticas similares a peptídeos antimicrobianos presentes na pele da rã africana Xenopus laevis. Isso poderá dar uma folga aos caranguejos-ferradura.
A pesquisa teve inicio nos anos 50 pelo médico Frederick Bang, da Universidade Johns Hopkins. Ao estudar a circulação sanguínea desses caranguejos, Bang notou que eles possuíam apenas um tipo de célula sanguínea, que coagula na presença de endotoxinas grudadas nas células das chamadas bactérias gram-negativas.
Endotoxinas são moléculas capazes de provocar febre e, às vezes, morte quando em contato com a circulação sanguínea de um organismo qualquer, sendo uma molécula dura e difícil de destruir. Elas estão em toda parte: em nossa comida, água, intestino, paredes celulares de bactérias gram-negativas e, ainda, na lama que o caranguejo habita.
LAL - Lisato de Amebócito do Limulus
Um reagente, fabricado a partir do sangue do caranguejo, chamado LAL - de lisato de amebócito do Limulus -, tem se mostrado muito eficiente na identificação de endotoxinas. Os métodos convencionais de esterilização são incapazes de afastá-las, por exemplo, dos equipamentos médicos: quando bactérias gram-negativas são mortas, suas células se rompem e, com isso, são liberadas mais e mais endotoxinas. Por causa disso, as indústrias farmacêuticas e de instrumentos hospitalares - como seringas e cateteres - têm de testar constantemente toda a sua produção, vigiando a eventual existência de endotoxinas. Se elas estiverem presentes, o paciente pode piorar ou morrer ao receber o tratamento. 
O sangue é retirado na articulação do abdome, onde existe uma fina membrana, capaz de ser perfurada pela agulha. São recolhidos de cada caranguejo, cerca de 100 mililitros de sangue, que é derramado diretamente em uma solução salina. Como o sangue dos caranguejos é à base de cobre - diferente do sangue humano, cujos glóbulos vermelhos carregam moléculas de ferro -, ao entrar em contato com o ar ele se transforma: o líquido vermelho-escuro passa a ser azul-leitoso. O processo não causa danos aos caranguejos: eles recuperam o volume sanguíneo 24 horas depois da doação e, cerca de sessenta dias mais tarde, já estão com seu estoque completo de hemocianina, a molécula azulada transportadora de oxigênio.

O sangue colhido é centrifugado, para separar o plasma azul das células. Essas células são lavadas com água destilada. Ao atravessar suas paredes, o líquido arrebenta as membranas. O resultado é a mistura de pedaços de membranas celulares com enzimas dissolvidas na água. É justamente dessa parte aquosa, separada por uma nova centrifugação, que se extrai o LAL.
Até há pouco tempo, os cientistas jogavam fora os outros produtos do sangue do Limulus - ou seja, o plasma azul e os pedaços de membranas celulares. Mas estudos realizados por cientistas mostram que, na membrana da célula sanguínea do caranguejo-ferradura - antes, destinada ao lixo -, existe uma proteína capaz de bloquear a molécula de endotoxina, neutralizando-a. Essa proteína poderá ser usada para remover endotoxinas de soluções ou mesmo para evitar a morte de pessoas com choque séptico, como se chama o envenenamento por endotoxinas.
O plasma do caranguejo-ferradura também poderá ser muito útil aos médicos. Recentemente, os pesquisadores da ACC isolaram outra proteína desse componente sanguíneo, capaz de reagir ao ácido siálico, substância que costuma aumentar terrivelmente no organismo de pessoas com câncer. Assim, a proteína deverá ser aplicada para diagnosticar mais precocemente a doença.

Demétrius A. Silva

Fonte de pesquisa e imagem:
National Geographic
Super interessante

6 comentários:

Janaína e Marcío disse...

PAZ!!! parabéns pelo blog!!
Deus a Abençõe!!já estou por aqui!!se quiser me visitar, fike a vontade!!se seguir fikarei feliz!!!um abraço na Paz de Cristo!!!

http://jana-evangelismo.blogspot.com/

Anônimo disse...

a paz, gostei muito do seu blog
dinâmico, informativo, parabens
muito bom , que coisa? descobri que estou acima do peso, tenho que dar uma corridinha, no aplicativo que vc tem no seu blog,interessante.
gostaria de receber tambem sua visita em meu blog.
que deus te abençoe grandiosamente,
abraços cordiais e fraternos.
www.rcostaalves.blogspot.com

Unknown disse...

Obrigado Janaína. Seja bem vinda a este simples blog.
Que Deus abençoe.
Já sou seguidor do blog, gostei do tema.
Abrçs.

Unknown disse...

Obrigado Ricardo pelas palavras.
Que neste espaço, Deus use nossas vidas como canal de bençãos p/ esta nação.
Já me tornei seguidor de seu abençoado blog.
Abrçs

Anônimo disse...

Iniciamos a VIAGEM MISSIONÁRIA apartir de Itaguaçú da Bahia ás margens do Rio Verde e estamos prosseguindo á margem direita do São Francisco até á foz no Pontal do Peba em Sergipe onde voltaremos pela margem á esquerda apartir de Alagoas até chegarmos á nascente no município de São Roque na Serra da Canastra em Minas Gerais onde contornaremos pela margem direita até chegarmos ao ponto do inicio no Rio Verde....
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www.abnaiasduraes.blogspot.com
Abnaias Duraes
abnartes@bol.com.br
Cel.(vivo)
(74) 9966-3738
CONTA MISSIONÁRIA:
Banco Bradesco
Conta Poupança: 1001608.8
Agencia: 3601.3
Abnaias Durães da Silva

Patricia Galis disse...

Muito interessante nem imaginava isso, ai poderei dizer literalmente que terei sangue azul tomara que consigam!