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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A Palestina de Jesus (Continuação)


O templo, muito mais do que um local de culto, era o centro econômico, político e religioso de Israel. Lucrava com a arrecadação de impostos, dentro e fora da Palestina. Além disso, auferia somas fabulosas com o sacrifício diário de animais (bois, carneiros e pombos), criados por grandes proprietários de
terras ligados às famílias sacerdotais. Calcula-se que, na época de Jesus, por ocasião da Páscoa, eram imolados, em suas dependências, mais de 250 mil cordeiros.

Para pagar pelos animais a serem sacrificados, os fiéis eram obrigados a trocar o dinheiro corrente, altamente inflacionado, pela tetradracma tíria, uma moeda forte, cunhada na Fenícia, que não sofreu nenhuma desvalorização num período de trezentos anos. Os cambistas cobravam ágio de 8% pela operação e formavam uma máfia poderosa, mancomunada com a elite sacerdotal. Quando expulsou os vendedores de animais e cambistas do templo, Jesus golpeou de frente essa rede econômica. E foi esse confronto, mais do que qualquer outro, que provocou sua condenação.
Esse é o Jesus histórico, que durante séculos não se distingui do Cristo da fé. Apenas no século XVIII, com o Iluminismo, iniciaram-se os estudos, a partir de uma análise crítica do texto bíblico, sobre o homem que viveu na Palestina.
No século XX, os estudos, ainda centrados no texto bíblico, adotariam tons menos apaixonados, deixando de lado a batalha inicial contra a fé, para buscar elementos que permitissem reconstruir a vida e as palavras de Jesus. As frases mais provavelmente proferidas por Jesus foram reunidas e publicadas. E cada episódio de sua pregação foi estudado, para verificar sua plausibilidade. Nos últimos anos, a arqueologia tem fornecido importantes aportes a esse conhecimento, corroborando e complementando aquilo que está nos evangelhos. Não são poucas as novidades.
Em novembro de 1990, os operários que trabalhavam em uma parte da antiga Jerusalém encontraram uma caverna usada como sepultamento, fechada desde o ano 70 d.C., ano da destruição da cidade pelos romanos. No ossuário, achou-se o nome em aramaico Caiaphas, com os ossos dos membros da família do sumo sacerdote, ali colocados após a decomposição da carne. Ossuários eram usados pelas famílias judaicas de elite e, talvez, reflitam a crença na ressurreição.
O ossuário é decorado com dois círculos, formados por seis rosetas cada. Mencionam-se ali diversos membros da família, como Miriam (Maria), Shalom (Salomé), Shimon (Simão), Iehosef (José), Caiapha (Caifás). E, nele, encontraram-se ossos de duas crianças, um menino adolescente, uma mulher adulta e um homem de cerca de 60 anos, provavelmente o sumo sacerdote Caifás, citado nos evangelhos de Mateus e João.
 Continua...
 Fonte de pesquisa e imagem:
 O sagrado na história (Cristianismo)
Bíblia de Estudo de Genebra

8 comentários:

Willian Bugiga disse...

A paz amado gostaria de indicar meu blog:willian bugiga e o site www.convertidos.com.br
a paz amado.

Noemi disse...

Paso visitando su hermoso blog. Bendiciones.
Mi blog www.creeenjesusyserassalvo.blogspot.com

João Q. Cavalheiro disse...

Olá irmão Demétrius!

Quando volta para o blog? Estou com saudades de suas sábias e interessantes postagens. Deus o abençoe e aguardamos para em breve podermos nos deliciar com suas excelentes lições de ciência.
Abraços do amigo e irmão...
João Q. Cavalheiro

Anônimo disse...

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Unknown disse...

Fiquei maravilhado com o seu blog. È simplesmente sensacional. Me ajudou demais nos meus estudos. Que Deus lhe abençoe ricamente.

Jaime Grosss disse...

Não seria JUDEIA o termo correto e não "Palestina"?

Afinal, no tempo de Cristo era denominada assim a região onde floresceu os antigos reinos de Israel e de Judá!

É sabido que o termo "Palestina" só foi usado em 135 d. C. quando o imperador romano Adriano, batizou-a assim para que a memória do lar dos judeus fosse apagada da história! Não podemos olvidar que Herodes, o Grande foi aclamado "rei da Judeia" em 40 a.C. pelos monarcas romanos Otaviano e - posteriormente - Marco Antônio! Ironicamente, Jesus (em evidente alusão a esse "reinado" herodiano) foi motivo de chiste ao ser proclamado "rei dos judeus"!!!

Amplexos mil a todos vós!

Jaime Gross disse...

Prezados:

Não seria JUDEIA o termo correto e não "Palestina"?

Afinal, no tempo de Cristo era denominada assim a região onde

floresceram os antigos reinos de Israel e de Judá!

É sabido que o termo "Palestina" só foi usado em 135 d. C. quando o

imperador romano Adriano, batizou-a assim para que a memória do lar

dos judeus fosse apagada da história!

Não podemos olvidar que Herodes, o Grande foi aclamado "rei da Judeia"

em 40 a.C. pelos monarcas romanos Otaviano e - posteriormente - Marco

Antônio! Ironicamente, Jesus (em evidente alusão a esse "reinado"

herodiano) foi motivo de chiste ao ser proclamado "rei dos judeus"!!!

Amplexos mil a todos vós!

Maria Valéria disse...

edificantes suas palavras, blog bem elaborado. fiquei feliz de seguir.
obrigada
deuseocoraçãodeumamulher@blogspot.com