A 2a parte
da matéria relata a importância da agricultura no Egito antigo e Mesopotâmia.
Egito
Como todas as
civilizações antigas, a egípcia era agrícola. O egípcio antigo era um camponês
fortemente ligado a uma terra milagrosamente fertilizada pela
cheia anual. A própria
vida do país dependia totalmente das “respirações” do grande rio, cujos transbordamentos,
de julho a outubro, permitiam que a vegetação crescesse no meio do deserto. Adoravam Osíris, deus da vegetação, do eterno
nascimento, da agricultura e do poder real, simbolizava essa renovação vegetal.
Interferir nas forças naturais, desviá-las em seu proveito, só podia ser obra
de um deus.
A introdução da
agricultura no Egito foi relativamente tardia, comparada às regiões vizinhas do
Oriente Médio. As primeiras práticas agrícolas nessa parte do mundo ocorreram
desde 9000 a.C., no norte da Síria, sobre o Eufrates, na zona de origem dos
cereais selvagens: trigo da variedade farro e cevada. Eles se desenvolveram com
a criação (bovinos, caprinos, ovinos e suínos) em vários vilarejos agrícolas
que se constituíam ao longo do oitavo e sétimo milênio a.C. na região conhecida
como Crescente e no sudeste da Anatólia. No outro lado do Nilo, o Saara
oriental, mais úmido, grupos humanos se espalharam ao longo do nono, oitavo e
sétimo milênios a.C às margens de lagos temporários. Eles possuíam cerâmicas e
já tinham domesticado algumas espécies.
Apenas por volta de
3500 a.C. a agricultura se impôs como base da economia. Com isso, a responsabilidade
do chefe não estava mais em seu valor como chefe de caça, mas em sua capacidade
de interceder entre homens e as potências divinas, garantindo o sucesso das
colheitas.
Mesopotâmia
Sobre a agricultura
mesopotâmica, o historiador Heródoto escreveu que “as chuvas eram raras na
Assíria, era preciso irrigar os campos com água do rio para fazer os cereais
crescerem. Já na Babilônia, toda cortada por canais, é o país mais rico de
todos que conhecemos”.
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Ao longo dos rios Eufrates
e Tigre as planícies eram férteis, mas a baixa Mesopotâmia, pelo contrário, deve
sua riqueza agrícola à irrigação. Arqueólogos descobriram sistemas de irrigação
com a criação de canais de modificação do curso natural dos rios. Na Assíria,
região mais montanhosa, as condições naturais favoreciam outros tipos de
culturas, como a vinha. As ferramentas não se diferenciavam muito do quarto ao
primeiro milênio a.C.: tudo era feito de pedra e madeira. Foi preciso esperar o
primeiro milênio para ver a difusão do ferro e sua utilização na agricultura.
Os cereais eram, de
longe, a cultura dominante (essencialmente trigo, cevada e espelta, ou trigo
vermelho). Elemento de base da alimentação dos homens, eles também eram
utilizados pelos animais. Eram fáceis de conservar e a armazenagem era feita em
silos de pedra ou em jarros.
Espelta |
Cultiva-se gergelim
para extrair o óleo. Do fruto da tamareira, retiravam-se óleo, mel, etc. O
linho era cultivado para fabricação de tecidos. Legumes como ervilhas, vagem,
favas e abóbora eram plantados em hortas menores e pediam cuidados constantes.
Também havia a cultura de cebola e alho. As pequenas extensões agrícolas eram
objetos de uma economia familiar na qual os frutos da produção eram consumidos
e os excedentes, vendidos. Durante o período das dinastias arcaicas (terceiro
milênio a.C.), as terras e a produção eram vendidas entre o rei e o templo. Aos
poucos, a partir do terceiro milênio a.C., o palácio real passou a gerir essa
economia, por meio de uma política de arrendamento, pela qual o rei se ligava a
pessoas importantes, que queriam receber terras.
A domesticação dos
vegetais acompanhava a dos animais. Criavam-se principalmente búfalos e bois,
utilizados para a tração de charretes. As ovelhas ocupavam um espaço especial
na economia, assim como as cabras.
Demétrius A. Silva
Fonte de pesquisa e imagens:
Dicionário Bíblico
Bíblia de Estudo de Genebra
História Viva (Antiguidade de A a Z)
3 comentários:
A Paz do Senhor irmão Demetrius!
Como sempre, suas postagens continuam a ser de grande interesse por fornecer conhecimentos relacionados à história dos povos antigos, muitos contemporâneos da História de Israel que nos é familiar na Bíblia. Parabéns!
Deus lhe dê uma ótima semana junto aos seus familiares.
Abraços do amigo...
João Q. Cavalheiro
www.aramasi.blogspot.com
Excelente trabalho, estou gostando de ler, e claro aprendendo um pouco mais sobra esta época.
Estou passando aqui para lhe desejar um bom fim de ano, e um 2012 cheio de paz, amor, saúde e felicidade, que possamos estar juntos novamente o ano que vem!
Meu querido e estimado irmão, Que o nosso Deus possa continuar te iluminando dentro do seus desígnios. Gostei muito do seu blog. Se possivel faz uma visita no meu e deixa teu comentario, pois ele é muito importante para mim, Paz do Eterno!
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