Aedes aegypti |
Parece estranho, mas, pesquisadores da University of
Queensland, na Austrália estão testando um novo método de reduzir a propagação
da dengue, um pesadelo crescente nos trópicos que agora apareceu nos Estados
Unidos.
Ainda que quase sempre não seja fatal, a dengue
pode levar pacientes para o hospital. E ela não tem cura nem vacina.
A estratégia inovadora de Scott O´Neill é vacinar
mosquitos em vez de pacientes. Em seu laboratório, com a ajuda de um
microscópio funcionários injetam a bactéria Wolbachia
pipientis, inofensiva para humanos e comum entre insetos, em ovos de
mosquitos Aedes aegypti, principal
transmissor da dengue. O´Neill descobriu que a Wolbachia torna o A. aegypti imune
ao transmissor da dengue. E toda a descendência do mosquito inoculado herda
essa imunidade. A bactéria é injetada nos mosquitos machos.As fêmeas são as responsáveis
por transmitirem o vírus da dengue, pois se alimentam de sangue, enquanto os
machos se alimentam de seiva (substâncias vegetais ou açucares).
Macho |
O método de O´Neill, não vinculado a modificação
genética, contrasta com os esforços para controle de dengue que ganharam
manchetes no fim do ano passado. Em dezembro, a companhia britânica de
tecnologia Oxitec liberou, na Malásia, 6 mil mosquitos machos geneticamente
modificados, para espanto de alguns grupos que manifestaram preocupação com os
possíveis efeitos dos insetos GM em humanos e ecossistemas. Os resultados para
a Malásia ainda não estão disponíveis. Mas Luke Alphey, cientista chefe e
fundador de Oxitec, prevê que uma liberação anterior de 3,3 milhões de
mosquitos na ilha de Grande Caimã resultou em redução de 80% na quantidade de A. aegypti. E isso porque muitas fêmeas
se acasalaram com parceiros tornados geneticamente inférteis.
Fêmea |
Os resultados obtidos por O´Neill também são
promissores. Testes iniciais demonstram que cerca de 25% das larvas na
população vivendo na natureza estavam infectadas com Wolbachia. Em fins deste mês de maio, quando termina a estação
úmida na Austrália, ele espera alcançar a meta de seu experimento: demonstrar
que a Wolbachia consegue invadir u
população de A.aegypti na Natureza.
Em caso positivo, ele espera iniciar uma tentativa semelhante no Vietnã no
início do verão boreal.
Scientific American Brasil
Fonte de imagens.http://www.inbio.ac.cr/papers/sinopsis/aedes.htm
Demétrius A. Silva
4 comentários:
Muito interessante! Esperamos que os resultados sejam promissores e assim a ciência continua também dando sua colaboração para o bem da humanidade.
Abraços....
João Q. Cavalheiro
www.aramasi.blogspot.com
Parabéns pela postagem!
Muito esclarecedor.
Creio que o Senhor está no controle de tudo isso, e a ciência é um dom de Deus. Que o nosso Deus nos dê sabedoria para usá-la.
Muito interessante.
Parabéns pela postagem.
Graça e paz.
que Deus em Cristo possa te abençoar muitissimo pastorgeremiassantos.blogspot.com
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