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terça-feira, 3 de julho de 2012

A palestina de Jesus.


A palestina em que Jesus viveu tinha 34 mil quilômetros quadrados e 650 mil habitantes. Fazia tempo que havia perdido sua independência política. Durante o domínio romano, no ano 37ª.C., Herodes, um aventureiro sem escrúpulos, foi proclamado rei da Judéia pelo senado imperial. Com extraordinária astúcia, o apoio de mercenários e as bênçãos de Roma, tornou-se um monarca poderoso, dominando um território que se estendia da Síria ao Egito.

Seu cognome, “o Grande”, deveu-se principalmente a um fabuloso programa de obras urbanísticas e arquitetônicas. Jerusalém e várias outras cidades foram reurbanizadas ao estilo romano, cortadas por grandes
avenidas e embelezadas com palácios, anfiteatros, hipódromos, piscinas e jardins. O preço desse ambicioso empreendimento foi uma opressão ilimitada sobre o povo. Por ocasião de sua morte, no ano 4 a.C., o reino foi dividido entre os filhos, Arquelau, Felipe e Herodes Antipas – que, sem possuírem o poder do pai, seguiram sua careira de crimes.

Jesus viveu, portanto, num mundo extremamente conturbado.
As principais forças político-religiosas de seu tempo estavam reunidas nos seguintes partidos e seitas: saduceus, escribas, fariseus, zelotas e essênios.
Ruínas comunidade dos Zelotas.
Os saduceus representavam o poder, a nobreza e a riqueza. Grandes proprietários de terras e membros da elite sacerdotal controlavam o Sinédrio, o conselho supremo de Israel. Em matéria religiosa, negavam a imortalidade da alma e aceitavam apenas o texto escrito da Lei (Torá) e não suas interpretações orais. Foram os principais responsáveis pela condenação de Jesus.
Os escribas, sem ligação com uma atividade econômica ou partido específico, gozavam, no entanto, de enorme autoridade, por terem entre seus membros os intérpretes abalizados da Escrituras. Detinham forte influência no Sinédrio, nas sinagogas e nas escolas rabínicas.
Os fariseus separavam-se do resto da comunidade judaica pelo cumprimento rigoroso das numerosas regras de pureza prescritas na Torá. Reuniam representantes de todas as classes sociais, sobretudo dos artesãos e comerciantes. Foram duramente criticados por Jesus por desprezarem a essência da Lei, enquanto davam extrema importância a suas minúcias formais. Mas sua crença na imortalidade da alma e na ressurreição do corpo ter influenciado a doutrina cristã.
Missana - um dos últimos refúgios dos essênios 
Os Zelotas, dissidentes radicais da seita dos fariseus, expressavam os sentimentos dos pequenos camponeses e dos pobres em geral. Religiosos e ultranacionalistas, resistiam aos dominadores pagãos e contavam com a iminentes chegada do Messias para desencadear uma guerra contra os romanos. Por isso, eram duramente perseguidos.
Os essênios, compostos por sacerdotes dissidentes e leigos exilados, viviam em comunidades fechadas, como as que foram descobertas nas cavernas de Qumran. Considerando-se os únicos puros de Israel, levavam uma vida comunal extremamente austera. Praticavam rituais como o batismo e dedicavam-se ao trabalho manual na lavoura. Propunham uma guerra santa para instaurar o “reino dos justos”. E combatiam tanto os romanos quanto o poder do Templo de Jerusalém.
Continua...

Fonte de pesquisa e imagem:
 O sagrado na história (Cristianismo)
Bíblia de Estudo de Genebra


3 comentários:

Ouça a Palavra do Senhor disse...

Ótima matéria com fonte de conhecimentos muito importantes para os estudiosos da Palavra. Parabéns!!!

Alberto Couto Filho disse...

Abençoamado,
Paz
Seguindo a direção de Deus, eis-me por aqui, no excelente Ciência e o Criador, aprendendo um pouco mais sobre a história do Cristianismo.
Enquanto isso, no blog A PEDRA, um ex-reverendo assevera que a Bíblia não é inerrante, pois é do homem e não de Deus. Diz-nos, ainda, que ela tem erros cronológicos, literários e genealógicos.
Nesta sua página aprendemos, enquanto desaprendemos através dessa fita de vídeo.
O pr. Anselmo postou meu comentário sobre as afirmações estapafúrdias daquele heresiarca, sob o título O PAPA.
Se julgar de bom alvitre, comente por lá. Sentir-me-ei honrado.
Abençoe-te Deus, profusamente,
Seu conservo nEle
Alberto

Blog do Professor Tim disse...

Ciência e o Criador, Blog do Demétrio, é um dos fantásticos da Internet. Aborda temos diversos, científicos e religiosos. Sempre com ética e muita responsabilidade. Saudações do Blog do Professor Tim - timraimundo.blogspot.com