Ele é azul mesmo, vem de um animal mais antigo que os
dinossauros e salva incontáveis vidas humanas.
O caranguejos-ferradura
(Limulus polyphemus) se mostrando indispensável para empresas
biomédicas que testam vacinas em bactérias potencialmente fatais. Estudos indicam que o caranguejo-ferradura é capaz de suportar
até um ano sem se alimentar
Graças a
proteínas que agem como sistemas imunológicos primitivos, o sangue dos caranguejos
coagula de imediato ao entrar em contato com patógenos como a E. coli (Escherichia coli) e Salmonella.
Escherichia coli |
O teste baseado
nessas proteínas é de tal modo preciso que é possível detectar quantidades ínfimas,
da ordem de até um aparte por trilhão. “Isso é o mesmo que achar um grão de
açúcar em uma piscina olímpica”, diz John Dubczak, de uma das empresas
fabricantes de kits de teste. Agora, cientistas estão em busca de uma abordagem
alternativa, a partir de moléculas sintéticas similares a peptídeos
antimicrobianos presentes na pele da rã africana Xenopus laevis. Isso poderá dar uma folga aos
caranguejos-ferradura.
A pesquisa teve
inicio nos anos 50 pelo médico Frederick Bang, da Universidade Johns Hopkins.
Ao estudar a circulação sanguínea desses caranguejos, Bang notou que eles
possuíam apenas um tipo de célula sanguínea, que coagula na presença de
endotoxinas grudadas nas células das chamadas bactérias gram-negativas.
Endotoxinas são moléculas capazes de provocar febre e, às
vezes, morte quando em contato com a circulação sanguínea de um organismo qualquer,
sendo uma molécula dura e difícil de destruir. Elas estão em toda parte: em
nossa comida, água, intestino, paredes celulares de bactérias gram-negativas e,
ainda, na lama que o caranguejo habita.
LAL - Lisato de Amebócito do Limulus |
Um reagente,
fabricado a partir do sangue do caranguejo, chamado LAL - de lisato de
amebócito do Limulus -, tem se mostrado muito eficiente na identificação de
endotoxinas. Os métodos convencionais de esterilização são incapazes de
afastá-las, por exemplo, dos equipamentos médicos: quando bactérias
gram-negativas são mortas, suas células se rompem e, com isso, são liberadas
mais e mais endotoxinas. Por causa disso, as indústrias farmacêuticas e de
instrumentos hospitalares - como seringas e cateteres - têm de testar
constantemente toda a sua produção, vigiando a eventual existência de
endotoxinas. Se elas estiverem presentes, o paciente pode piorar ou morrer ao
receber o tratamento.
O sangue é retirado na articulação do abdome, onde existe
uma fina membrana, capaz de ser perfurada pela agulha. São recolhidos de cada
caranguejo, cerca de 100 mililitros de sangue, que é derramado diretamente em
uma solução salina. Como o sangue dos caranguejos é à base de cobre - diferente
do sangue humano, cujos glóbulos vermelhos carregam moléculas de ferro -, ao
entrar em contato com o ar ele se transforma: o líquido vermelho-escuro passa a
ser azul-leitoso. O processo não causa danos aos caranguejos: eles recuperam o
volume sanguíneo 24 horas depois da doação e, cerca de sessenta dias mais
tarde, já estão com seu estoque completo de hemocianina, a molécula azulada
transportadora de oxigênio.
O sangue colhido é centrifugado, para separar o plasma
azul das células. Essas células são lavadas com água destilada. Ao atravessar
suas paredes, o líquido arrebenta as membranas. O resultado é a mistura de
pedaços de membranas celulares com enzimas dissolvidas na água. É justamente
dessa parte aquosa, separada por uma nova centrifugação, que se extrai o LAL.
Até há pouco tempo, os cientistas jogavam fora os outros
produtos do sangue do Limulus - ou seja, o plasma azul e os pedaços de
membranas celulares. Mas estudos realizados por cientistas mostram que, na
membrana da célula sanguínea do caranguejo-ferradura - antes, destinada ao lixo
-, existe uma proteína capaz de bloquear a molécula de endotoxina,
neutralizando-a. Essa proteína poderá ser usada para remover endotoxinas de
soluções ou mesmo para evitar a morte de pessoas com choque séptico, como se
chama o envenenamento por endotoxinas.
O plasma do
caranguejo-ferradura também poderá ser muito útil aos médicos. Recentemente, os
pesquisadores da ACC isolaram outra proteína desse componente sanguíneo, capaz
de reagir ao ácido siálico, substância que costuma aumentar terrivelmente no
organismo de pessoas com câncer. Assim, a proteína deverá ser aplicada para
diagnosticar mais precocemente a doença.
Demétrius A. Silva
Fonte de pesquisa e imagem:
National Geographic
Super interessante
6 comentários:
PAZ!!! parabéns pelo blog!!
Deus a Abençõe!!já estou por aqui!!se quiser me visitar, fike a vontade!!se seguir fikarei feliz!!!um abraço na Paz de Cristo!!!
http://jana-evangelismo.blogspot.com/
a paz, gostei muito do seu blog
dinâmico, informativo, parabens
muito bom , que coisa? descobri que estou acima do peso, tenho que dar uma corridinha, no aplicativo que vc tem no seu blog,interessante.
gostaria de receber tambem sua visita em meu blog.
que deus te abençoe grandiosamente,
abraços cordiais e fraternos.
www.rcostaalves.blogspot.com
Obrigado Janaína. Seja bem vinda a este simples blog.
Que Deus abençoe.
Já sou seguidor do blog, gostei do tema.
Abrçs.
Obrigado Ricardo pelas palavras.
Que neste espaço, Deus use nossas vidas como canal de bençãos p/ esta nação.
Já me tornei seguidor de seu abençoado blog.
Abrçs
Iniciamos a VIAGEM MISSIONÁRIA apartir de Itaguaçú da Bahia ás margens do Rio Verde e estamos prosseguindo á margem direita do São Francisco até á foz no Pontal do Peba em Sergipe onde voltaremos pela margem á esquerda apartir de Alagoas até chegarmos á nascente no município de São Roque na Serra da Canastra em Minas Gerais onde contornaremos pela margem direita até chegarmos ao ponto do inicio no Rio Verde....
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Abnaias Durães da Silva
Muito interessante nem imaginava isso, ai poderei dizer literalmente que terei sangue azul tomara que consigam!
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