Pesquisar blogs

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Os smartphones no combate ao câncer.


Surpreso com o título da matéria?
Então conheça um pouco sobre as novas pesquisas, que estão levando médicos a utilizarem smartphones para diagnosticar doenças, verificar a contagem dos glóbulos sanguíneos e identificar patógenos na água potável.
Os cientistas estão transformando os smartphones em ferramentas de mão para diagnosticar câncer ou doenças infecciosas, monitorar o progresso do tratamento ou verificar a segurança da água. 

O diagnostico do câncer é um desafio, pois exige exames caros e demorados. Ma, em estudo recente publicado na revista Science Translational Medicine, Ralph Weissleder e seus colegas da Harvard Medical School usaram um telefone celular e uma máquina do tamanho de uma lancheira para diagnosticar câncer em minúsculos fragmentos de tecido, retirados com agulha, do abdômen de pacientes com suspeita de câncer com metástase. Os cientistas misturaram as amostras com anticorpos que se ligam a quatro proteínas relacionadas ao câncer. A máquina analisou as amostras usando ressonância magnética nuclear e mediu os níveis de proteínas ligads a anticorpos com base em suas propriedades magnéticas. Depois enviou os resultados ao smartphone que, usando um aplicativo projetado pelos pesquisadores, exibiu as informações. Como os médicos não precisam de um computador de mesa nem de um lastop, fica mais fácil para eles avaliar pacientes fora da clínica. Além disso, os resultados do métodos mais tradicionais de diagnóstico normalmente não ficam disponíveis antes de três dias e requerem amostragem mais invasiva de tecidos.
Usando anticorpos diferentes os médicos poderiam se valer do aparelho para diagnosticar qualquer tipo de Câncer, avalia o biólogo sistêmico de Harvard e coautor Hakho Lee.
Outras pesquisas estão sendo desenvolvidas com as câmeras dos smartphone para criação de microscópios de diagnóstico. O engenheiro elétrico Aydogan Ozcan e seus colegas da University of California, em Los Angeles desenvolveram um acessório de telefone de 4,5 cm de comprimento que lança o diodo emissor de luz em amostras biológicas, produzindo hologramas (imagens em três dimensões) de cada célula com base no modo com a luz se dispersa. Depois, a Câmera do telefone tira uma foto, comprime a imagem e a envia a uma clínica de 1/1.000° de 1m, o microscópio poderia identificar a doença falciforme ou a malária a partir de amostras de sangue e realizar a contagem das células sanguíneas. Os aparelhos poderiam ajudar os países afetados por doenças infecciosas.
Eles esperam obter um produto final entre quatro ou cinco anos.

Melinda Wenner Moyer.
Scientific American Brasil

Fonte de imagens:


Nenhum comentário: