Foto: Getty Images
|
A
mineração não mudou muito desde a idade do bronze: a receita para extrair
metais valiosos de minérios é utilizar calor e um agente químico, como carvão
vegetal. Mas essas técnicas consomem muita energia, o que significa que são
muito caras para
serem
aplicadas em minerais com baixas concentrações do metal.
Cada
vez mais os mineiros estão utilizando bactérias para extrair metais de minerais
de baixo teor de pureza de forma barata e a temperatura ambiente. Com a
bactéria uma mineradora pode extrair até 85% de um metal a partir de minerais
com concentrações menores que 1%, simplesmente semeando um monte de sucata com
microrganismos e irrigando-a com ácido diluído. Na sucata, bactérias Acidithiobacillus ou Leptospirillum
oxidam o ferro e o enxofre em busca de energia. À medida que se alimentam,
produzem ferro reagente e ácido sulfúrico que degradam materiais rochosos e
liberam o metal.
Técnicas
biológicas também estão sendo usadas para eliminar resíduos de minas antigas,
extraindo no processo as últimas porções do metal. Bactérias como Desulfovibrio e Desulfotomaculum neutralizam ácidos e criam sulfetos que se unem ao
cobre, níquel e outros metais removendo-os da solução. A biomineração tem
experimentado um crescimento sem precedentes nos últimos anos como resultado da
crescente escassez de minerais com alto teor de pureza. Praticamente 20% do
cobre do mundo são extraídos por biomineração, e a produção dobrou desde meados
dos anos 90, estima o consultor em mineração Corale Brierley. “O refugo das
mineradoras é o que atualmente chamamos de minério”, explica Corale.
O
próximo passo é liberar bactérias encarregadas da limpeza no refugo de minas.
David Barrie Johnson, que pesquisa soluções biológicas para a drenagem de minas
ácidas na Bangor University, no País de Gales, estima que levará 20 anos até
que a limpeza bacteriana da mina compense seu próprio custo. “Como o mundo
caminha para uma sociedade menos dependente do carbono, devemos procurar formas
mais naturais de trabalhar e que demandem menos energia”, sugere Johnson. “Esse
é objetivo de longo prazo e as coisas estão caminhando muito bem nesse
sentido.”
_
Sarah Fecht.
Fonte de pesquisa e imagem:
Scientific American Brasil
Bacana seu espaço Demétrius! Gostei muito. Deus te abençoe com muito discernimento. Gr. Abrç.
ResponderExcluirObrigado Cris pelas palavras.
ResponderExcluirSeja bem vinda ao Ciência e o Criador, e que este espaço possa ser canal de benção em sua vida.